A tuberculose ainda é uma das doenças infecciosas mais importantes do mundo, e continua sendo um grande desafio de saúde pública.
Muita gente acredita que a tuberculose ficou no passado, como uma lembrança distante dos livros de história. Mas a realidade é bem diferente: a doença ainda representa uma preocupação global e nacional, inclusive no Brasil.
A Inglaterra registrou 5.490 notificações de tuberculose (TB) em 2024, um aumento de 13,6% em relação aos 4.831 casos em 2023. Esse crescimento acompanha uma tendência mundial, com a TB resistente a medicamentos atingindo seus níveis mais altos desde 2012.
Segundo o Boletim Epidemiológico de 2025 do Ministério da Saúde, o Brasil teve mais de 78 mil novos casos da doença no último ano, com maior incidência em grandes centros urbanos. Apesar dos avanços, a tuberculose está longe de ser eliminada.
Novidades sobre a tuberculose em 2025
O CROI 2025 (Conference on Retroviruses and Opportunistic Infections), realizado em março de 2025, dedicou uma plenária inteira à tuberculose, reforçando que ela continua sendo uma das principais causas de morte em pessoas vivendo com HIV.
1. Medicamentos de longa ação para tuberculose
Estudos recentes mostraram o potencial de novas formulações injetáveis de ação prolongada, que podem ser aplicadas em intervalos maiores — de semanas ou até meses. Essa estratégia visa facilitar a adesão ao tratamento, que atualmente exige meses de uso diário de comprimidos.
Essa linha de pesquisa segue uma tendência já consolidada no tratamento do HIV, com antirretrovirais de longa duração.
2. Doença pulmonar pós-TB
Pesquisadores destacaram as sequelas pulmonares que muitos pacientes apresentam mesmo após a cura da tuberculose. Entre as complicações mais comuns estão a redução da capacidade respiratória, as bronquiectasias e o aumento do risco de infecções futuras.
O tema reforça a importância do acompanhamento clínico e laboratorial mesmo depois do término do tratamento.
Resumindo:
- Novos tratamentos mais curtos: diretrizes internacionais recomendam esquemas orais de menor duração para casos de TB resistente a medicamentos, aumentando a adesão dos pacientes.
- Medicamentos de longa ação: o uso de fármacos injetáveis de ação prolongada pode revolucionar o tratamento.
- Atenção à doença pós-TB: mesmo após a cura, muitos pacientes desenvolvem sequelas pulmonares que exigem acompanhamento contínuo.
Essas inovações reforçam a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento laboratorial.
O papel dos exames laboratoriais
O diagnóstico da tuberculose depende fortemente da atuação dos laboratórios clínicos. Entre os principais exames utilizados estão:
- Exame de escarro (baciloscopia e cultura): ainda é o método mais utilizado para identificar o Mycobacterium tuberculosis.
- Teste rápido molecular (TRM-TB): detecta o DNA da bactéria e identifica resistência à rifampicina em poucas horas.
- Exames de imagem e histopatologia: complementam a investigação em casos mais complexos.
- Testes imunológicos (IGRA e PPD): úteis para identificar infecção latente, especialmente em grupos de risco.
A combinação desses exames permite não apenas confirmar o diagnóstico, mas também monitorar a resposta ao tratamento.
Por que falar sobre isso agora?
A tuberculose não é uma doença do passado. Ela continua circulando, principalmente em populações vulneráveis, e pode atingir qualquer pessoa. O papel dos laboratórios é essencial para detectar precocemente, orientar o tratamento e contribuir para o controle da doença.
Ao reforçar a importância dos exames e divulgar as novidades científicas, ajudamos a quebrar o mito de que a tuberculose “já acabou” e mostramos que a ciência segue avançando para vencê-la.
A tuberculose tem cura, mas o diagnóstico precoce faz toda a diferença.
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